Morre em São Paulo a empresária Eliana Tranchesi
"Empresária já havia retirado tumor de um dos pulmões em 2006"
















Texto atualizado às 10h50
SÃO PAULO - Morreu na madrugada desta sexta-feira, 24, aos 56 anos, vítima de
complicações causadas pelo câncer, a empresária Eliana Maria Piva de Albuquerque
 Tranchesi. Eliana Tranchesi, como a empresária era conhecida no mundo fashion,
estava internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O enterro deve ocorrer
na tarde desta sexta-feira no Cemitério do Morumbi. A assessoria do hospital só
divulgará detalhes do falecimento de Eliana mediante autorização da família.
A empresária, que comandou por muitos anos a Villa Daslu - butique multimarcas
que abrigou um dia as grifes mais luxuosas do mundo em um portentoso prédio
neoclássico na Marginal Pinheiros, em São Paulo - em 2006 chegou a retirar um
tumor de um dos pulmões e já passava por sessões de quimioterapia e radioterapia.
A empresária foi presa em março de 2009 pela Polícia Federal após ser condenada
a 94 anos e seis meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, fraude
 em importações e falsificação de documentos. A sentença foi proferida juíza da 2ª Vara
 Federal de Guarulhos, Maria Isabel do Prado, e inclui ainda o irmão de Eliana, Antonio
 Carlos Piva de Albuquerque,
diretor financeiro da empresa na época dos fatos, e Celso de Lima, dono da maior das
 importadoras envolvidas com as fraudes, a Multimport.
No mesmo dia, os advogados de defesa da empresária chegaram a divulgar um relatório
médico sobre o estado de saúde de Eliana, que fazia tratamento no mesmo hospital onde
 ela faleceu. O documento, assinado pelo oncologista Sérgio Daniel Simon, afirmava
: 'A Sra. Eliana Maria Piva de Albuquerque Tranchesi encontra-se sob meus cuidados
médicos desde março de 2009. A paciente é portadora de Adenocarcinoma de Pulmão
 com metástases em coluna lombo-sacra e por esse motivo encontra-se em tratamento
 radioterápico e quimioterápico. A paciente recebeu dose de quimioterapia em
21 de março de 2009 com as drogas Alimta,
 Carboplatina e Avastin.
Na fase em que se encontra atualmente, a paciente necessita de cuidados
médicos diários, para a aplicação subcutânea de medicação e controle de
exames de sangue. Devido ao uso de quimioterapia, a paciente tem alto risco
de infecção generalizada, motivo pelo qual está recebendo medicação diária.
Além disso, o uso de Avastin aumenta o risco de crises de hipertensão arterial e
 sangramento,
e também necessitam de atenção médica continuada. Por esses motivos,
creio que a mesma
não deva permanecer em prisão comum, sendo mais seguro a prisão
domiciliar com os cuidados médicos apropriados'.